As mulheres sempre tiveram dificuldades de se inserir no mundo da tecnologia – um mercado tido como masculino. As barreiras são diversas: desigualdade salarial, falta de promoção em cargos de liderança, preconceito no ambiente de trabalho, entre outros fatores que impedem o pleno desenvolvimento profissional das mulheres. Por outro lado, cada vez mais as empresas de diferentes setores – inclusive da tecnologia – vêm discutindo a questão da diversidade.

Apesar de representarem a maioria da população e da classe trabalhadora brasileira, 53% das mulheres consideram que as empresas em que trabalham não oferecem meios para ampliar sua promoção a cargos de gestão, segundo levantamento da Sodexo Benefícios e Incentivos do Brasil. No Brasil, elas ocupam apenas 8% dos cargos de liderança.

Para aumentar a participação feminina no mercado de TI, é necessário que os departamentos de recursos humanos das empresas foquem em processos seletivos com diversidade. Além disso, a diversidade deve estar no DNA dessas organizações.

Homens e mulheres têm comportamentos diferentes antes de se candidatar a uma vaga de emprego. Segundo o Harvard Business Review de 2014, mulheres candidatam-se a uma vaga quando cumprem 100% dos critérios e requisitos, ao passo que homens, ao realizar essa inspeção sobre a descrição da vaga, candidatam-se ao completar pelo menos 60% dos critérios e requisitos.

Não há inovação onde não há diversidade. A junção de ambas faz com que companhias tenham melhor visibilidade e competitividade perante a concorrência e o mercado onde atuam. As pessoas atualmente buscam trabalhar em empresas que tenham um propósito e se preocupem com o bem-estar dos funcionários. Além disso, companhias que levantam a bandeira da diversidade estão mais propícias a atrair talentos que buscam pelos mesmos valores.

Empresas que apostaram em até 30% de mulheres em cargos de liderança obtiveram, em média, crescimento de 15% em seu desempenho financeiro. Os dados são do estudo mundial realizado pelo Peterson Institute for International Economics. Por exemplo, na Infobip, por se tratar de uma empresa de tecnologia voltada para o mercado mobile cerca de 36% da força de trabalho são ocupados por mulheres, sendo 29% ocupadas em cargo de liderança e cada vez mais este percentual cresce a cada ano, a empresa acredita que o equilíbrio e a diversidade entre gêneros contribui para a formação de um ambiente de trabalho criativo e mais produtivo.

As mulheres na área precisam se manter atualizadas por meio de cursos e especializações. Mas outra coisa muito importante é sempre preservar a rede de networking e participar de comunidades voltadas para mulheres em tecnologia. Eu, por exemplo, faço parte de um grupo de mulheres no e-commerce, e lá temos trocas de ideias, experiências, ajuda e dicas de outras profissionais que estão engajadas nessa causa. Este é o verdadeiro significado de sororidade: a aliança entre mulheres baseada em empatia e companheirismo para alcançar um objetivo comum.

Por Glaucia Hora 

Especialista de marketing da Infobip, umas das maiores provedoras de serviços de comunicação do mundo.

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