Por Viviane Selouan, head comercial

O ano de 2020 trouxe diversas mudanças ao mercado digital e impulsionou o desenvolvimento do e-commerce em todo o mundo. No Brasil, os números foram expressivos e houve um crescimento de 41% em relação ao ano anterior com a marca histórica de mais de R$87 Bi em vendas, de acordo com dados da Ebit| Nielsen.

Quando o assunto é cliente final, o aumento também foi significativo, e 2020 encerrou com 29% a mais de consumidores brasileiros do que no ano anterior, sendo 13 milhões de novos compradores. Desses, 83% declararam que voltariam a fazer compras online.

Diante disso, podemos afirmar que o e-commerce e a venda pelos canais digitais se tornaram muito importantes, e até vitais, para muitas empresas da indústria e do varejo. Apesar da transformação digital já estar em andamento há anos, o boom recente no mercado fez com que algumas marcas se deparassem com a necessidade de vender diretamente ao consumidor, fazendo com que o movimento D2C (direct to consumer) crescesse também. No entanto, nem todos estavam preparados para isso, mas tiveram que correr atrás. 

Na Synapcom, líder em full commerce, modelo de negócio que viabiliza e gerencia operações de e-commerce de ponta a ponta, houve um aumento no portfólio de clientes em 30% no ano passado. Grandes marcas como Samsung, Philips, L’Oréal, Hershey’s, Levi’s, Calvin Klein, Swarovski já trabalham nesse formato. Isso indica que as empresas enxergam a relevância de venda dos canais digitais e veem no full commerce uma solução bastante vantajosa. Afinal, é possível se aliar a quem já tem conhecimento e estrutura para  entregar eficiência e excelência na operação de e-commerce, e assim viabilizar a melhor experiência de compra online para os consumidores finais. 

Particularidades e vantagens do D2C 

Vender diretamente ao consumidor final é uma tarefa complexa e que exige experiência e expertise digital, mas que traz benefícios para as empresas como o contato direto com seu público-alvo e consequente ganho de informações e dados sobre ele. Isso é essencial para melhorar e/ou criar novos produtos e serviços, por exemplo, além de permitir que as marcas mantenham o foco no core do seu negócio e em suas estratégias. 

Foi justamente nesse cenário que o modelo de full commerce começou a ganhar destaque, em especial, para grandes empresas e grandes operações. A explicação para isso é que para começar ou reestruturar um e-commerce existem três caminhos: internalizar, terceirizar para vários parceiros ou centralizar o trabalho com uma empresa de full commerce, que já reúne todas as especialidades necessárias e integra as etapas de ponta a ponta. 

A vantagem desse modelo é que os investimentos em tecnologia e logística podem ser otimizados porque concentra e centraliza todas as etapas em um só parceiro: desde contratar a plataforma, realizar a integração com marketplaces até realizar a gestão de todo o negócio, o trabalho com marketing digital, frete e todo o pós-venda de atendimento ao consumidor. Empresas especializadas nesse modelo possuem negociações de valores vantajosos com fornecedores para realizar todos os serviços necessários. Além disso, com ecossistema e infraestrutura própria, apoiam seus clientes que não precisam investir em aumentar armazéns para conseguir escalar o negócio, por exemplo.

Não há fórmula mágica para o sucesso do e-commerce. Realmente, é uma operação elaborada e que exige muitas conexões diferentes para funcionar de forma eficiente. Mas já sabemos que ficar fora dos canais digitais também não é uma opção hoje. Então, é agora, o momento de profissionalização e busca por excelência na operação.