Antes de começar o meu texto, tenho três vídeos:

O primeiro vídeo é do Ricardo Shimosakai, Bacharel em turismo. Docente do MBA de Gestão em Hotelaria de Luxo, MBA de Gestão de Eventos e Cerimoniais de Luxo e Pós-Graduacão de Arquitetura Hoteleira.
Ricardo escreve para diversos meios de comunicação e ministra palestras por todo o mundo contando sua história pessoal e de empreendedorismo.

Instagram: @ricardoshimosakai e @turismoadaptado

O segundo vídeo é da Amanda Momente, Co- Founder da Wonder Size, a 1º empresa do Brasil focada na mobilidade e na usabilidade de uma pessoa gorda! Criamos roupas casual/fitness que vestem do número 42 ao 66 para que as Wonders tenham liberdade para fazer o que quiserem.
Atualmente curso MBA em Vendas, Negociação e Resultados de Alta Performance na PUC-RS, sou graduada em Negócios Imobiliários com experiência em vendas e negociações por aproximadamente 10 anos.

Instagram: @amomente @wondersizebr

E o terceiro é da Ana Paula de Oliveira Cesário é Agente de Atendimento do SESC-SP, graduada em Relações Internacionais pela Faculdade Santa Marcelina e pós-graduanda em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais. Recém casada com o Renan, que tem uma banda. Conheci ela porque ela tinha um sonho de casar com uma cadeira de rodas branca e, assim conheci essa maravilhosa.

@kafray_ana

Bom, conhecimento é a base de tudo!

Uma coisa que aprendi em todos estes anos trabalhando em uma empresa que fornece equipamentos para pessoas com deficiência física é que não importa qualquer classificação, terminologia ou técnica… Cada ser humano, independente do que ele enfrentou, suas escolhas ou qualquer outra coisa, cada ser humano é único. Então para começar a falar sobre o tema que vai regar o Mulheres No E-commerce esta semana, cito uma frase que eu amo: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.” Carl G. Jung.

O que quero dizer é que muitas vezes, o manual que estudamos, ou a informação que tivemos acesso, talvez não seja o que faz sentido para aquela pessoa que você se depara e tenta interagir. E o que é mais importante, se você tiver dúvidas de como conduzir algo, o melhor é perguntar: esbanje sua empatia. Acho que para tratar do tema, falar de empatia é fundamental. Antes de qualquer coisa, você precisa compreender o outro.

A diversidade é sobre minorias ou maiorias?

Não sou uma pessoa religiosa, mas adoro o trabalho do Padre Fábio de Melo, que você deve conhecer, no Instagram. A fala dele que vi e quero trazer é a seguinte: Só conseguimos nos sentir amados, quando saímos de ser multidão e somos uma pessoa, uma pessoa, única. O amor faz isso, nos sentirmos especiais por alguém que nos ama, o amor é dedicado. Talvez não nessas exatas palavras.

E isso tem uma liga com o nosso tema, que é sensacional. Porque mesmo se fosse a minoria, deveria importar. Com a pandemia, ouvimos muito “cada vida importa” e é exatamente isso! Que devemos tornar a máxima em nossas vidas, para todos os assuntos.

Mas você já parou para pensar é que quem pede diversidade e inclusão é a maioria? É! Antes de falar que qualquer bandeira é mimimi ou bobagem, pense só porque a minoria tem privilégios e, a maioria não faz (ou não consegue fazer) nada. 

O assunto é complexo, mas a resposta está em uma palavra simples: informação. O movimento começou há um tempo pelo mundo corporativo, as empresas perceberam que não conseguem criar cultura de mudança mais e, consequentemente, enfrentam mais dificuldade para evoluir e inovar. E aquelas que aderem tem vantagens. Pesquisa realizada pela DDI, empresa de análise, com a consultoria Ernst & Young, mostra que as organizações com mais de 30% de DIVERSIDADE tiveram resultados financeiros melhores. Além disso, onde há diversidade significativa, é 1,4 maior a chance de crescimento sustentável.

Impactos sobre a falta de inclusão

Uma matéria que saiu dia 22 de junho de 2020, no jornal O Globo fala que a pandemia já fez 7 milhões de mulheres deixarem seus postos de trabalho e, esse número comparado aos homens é 25% maior. Ou seja, isso demonstra o quanto ainda falamos sobre as diferenças afetarem de forma os diferentes. Não preciso dizer, que entre estes 7 milhões de mulheres, o percentual de mulheres negras é ainda maior do que de brancas?

Ou ainda como a matéria sobre negros em peças publicitárias na rede: A segunda edição do estudo sobre a diversidade na publicidade brasileira, realizado pela Elife e pela agência SA365 por meio da plataforma de gestão de social media Buzzmonitor, revela uma disparidade também no protagonismo de pessoas brancas em publicações das marcas nas redes sociais. Segundo a pesquisa, que analisou 5.261 posts no Facebook e no Instagram feitos por 20 dos principais anunciantes brasileiros, entre janeiro e dezembro de 2019, os brancos estão presentes em 87% das publicações de marcas no período, contra 34% de negros (o levantamento levou em conta a presença de ambas as raças simultaneamente em parte dos casos).

O e-commerce e a diversidade

O nosso mercado não tem dados oficiais de como é tratada a diversidade, sabemos sim, que o no e-commerce tem-se uma consciência maior sobre o assunto, seja pelo jeito descolado, ou porque já percebeu os benefícios, porém, não temos dados de quantos negros, quantas mulheres, quantas pessoas com deficiência fazem parte deste mercado.

Mas que o nosso mercado exclui grande parte dos clientes, tenho certeza, não preciso de nenhum estudo, porque como dependemos de acessibilidade digital e quase nenhum site de vendas online tem no país, é uma realidade. Isso o que tange pessoas com deficiência, que são uma parcela.

Este assunto rende, rende muito. Então  tenho só uma missão, te dizer: coragem para enfrentar suas lutas. Falar sobre diversidade é falar sobre sonhos! Qual seu sonho? E o que te impede de realizá-lo?

Link para você, que não sabe ainda, o que é LGBTQIA+

Link para o curso de Acessibilidade & Inclusão que o Ricardo dá, se interessar e ficar profissional no assunto. 😉

Por Mieko Miyai

Mais de 10 anos de experiência em e-commerce, sendo eles todos vivenciados em e-commerces de nicho. Adquiriu na sua jornada grande conhecimento sobre acessibilidade. É Editora do Blog do Mulheres No E-commerce e Embaixadora do Comitê de Líderes de E-commerce de São Paulo.

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