A campanha Janeiro Branco procura conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental.
Você está aguardando o elevador na empresa onde trabalha, a porta abre, e ao entrar você encontra um colega de trabalho. Naturalmente ele pergunta “Oi, tudo bem?” e, você, num reflexo de gentileza, responde “Tudo bem. E, você?”
É uma situação cotidiana na qual raras vezes ouvimos ou dizemos “Não, não está tudo bem”.
Não é fácil falarmos sobre emoções e sentimentos, principalmente num local tão competitivo como o do trabalho. A possibilidade de sermos vistos como fracos e incompetentes é real. Entretanto, ocultá-los não é a melhor forma de lidar com o assunto. E, como resultado dessa “falta de jeito” de lidar com nossa saúde mental, vemos profissionais com síndrome de burnout, depressão, ansiedade, entre outros transtornos mentais, lotarem as agendas de psicólogos e psiquiatras.
Para pensar: qual foi a última vez que você respondeu à pergunta “Oi, tudo bem?”, com sinceridade?
Saúde mental: não é egoísmo. É autocuidado.
Entendendo a relevância do tema, o MNE preparou uma série de conteúdos, escolhidos pela sua comunidade, sobre saúde mental, com o propósito de nutrir constantemente o empoderamento feminino e do ser humano como um todo, a respeito das temáticas sobre saúde mental.
Perguntamos à nossa comunidade quais temas seriam interessantes para serem abordados, e os que mais se destacaram foram: síndrome de burnout, depressão, ansiedade e desânimo na volta ao trabalho presencial.
Nas próximas semanas, promoveremos a circulação de conhecimentos sobre esses temas, embasados na literatura médica, em entrevistas com a psicóloga Luiza Signori, nas boas práticas das empresas, nas experiências de colaboradores e líderes.
É um convite, em especial às mulheres, para as pessoas conversarem e refletirem sobre questões emocionais.
Fonte 1: MNE
Janeiro Branco: o que é e por que tem esse nome?
A é uma iniciativa nacional que começou em 2014 a partir de um grupo de psicólogos de Uberlândia. De acordo com o Instituto Janeiro Branco, o objetivo “… é e as autoridades governamentais do mundo para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional nas sociedades, nas vidas dos indivíduos e nas instituições sociais.”
“Escolhemos o mês de janeiro para a mobilização pelo fato de que, em termos culturais e simbólicos, no início do ano as pessoas estão mais predispostas a pensar sobre as suas vidas em diversos aspectos. A cor branca simboliza uma tela em branco, queremos incentivá-las a desenhar novas possibilidades em suas vidas e a serem autoras das suas histórias”, comenta Leonardo Abrahão, psicólogo e idealizador da campanha.
O que é saúde mental?
De acordo com a é “um estado de bem-estar em que um indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da vida, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir com sua comunidade”.
Tal descrição ainda parecia insuficiente para parte da comunidade acadêmica. Então, o artigo “Toward a new definition of mental health”, publicado no World Psychiatry, propõe uma definição mais completa sobre o que seria saúde mental.
“A saúde mental é um estado dinâmico de equilíbrio interno que permite que os indivíduos usem suas habilidades em harmonia com os valores universais da sociedade. Habilidades cognitivas e sociais básicas; capacidade de reconhecer, expressar e modular as próprias emoções, bem como simpatizar com os outros; flexibilidade e capacidade de lidar com eventos adversos da vida e funcionar em funções sociais; e o relacionamento harmonioso entre corpo e mente representam componentes importantes da saúde mental que contribuem, em graus variados, para o estado de equilíbrio interno”, traz a publicação.
Saúde mental e importância do tema
Com a pandemia, a saúde mental tornou-se uma forte preocupação corporativa. Números da Organização Mundial da Saúde mostram que a ansiedade e a depressão retiram da economia mundial cerca de 1 trilhão de dólares por ano.
O estudo, nomeado de Scaling-up treatment of depression and anxiety: a global return on investment analysis, também calcula que a cada US$1 investido no tratamento dessas condições mentais, US$4 são obtidos como retorno.
Juntas, depressão e a ansiedade crônica afetam cerca de 10% da população, de acordo a Organização.
Já o Brasil é o país mais ansioso do mundo, segundo a OMS, com 9,3% da população convivendo com essa adversidade, o que equivale a 18,6 milhões de brasileiros. Em relação à depressão, o Brasil é considerado o país mais depressivo da América Latina, de acordo com a OMS. A estimativa é de que 5,8% dos indivíduos sejam afetados pela doença.
A partir de 1º. De Janeiro desse ano, a OMS oficializou a Síndrome de Burnout como uma doença ocupacional. No novo texto, a síndrome está descrita como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. O texto deixa claro agora que a síndrome não é uma culpa individual do trabalhador e sim do ambiente de trabalho e impõe às empresas a necessidade de assumir também a responsabilidade pela saúde integral do trabalhador.
Segundo os resultados da pesquisa World Mental Health Day 2021, 75% do brasileiros se preocupam com saúde mental. Em contrapartida, o mercado brasileiro recebeu a nota de 49,25, numa escala de 0 a 100, no Índice de Bem-estar Corporativo do Zenklub em 2021.
Razões não faltam para a gente conversar sobre o tema.
Acompanhe nossos conteúdos, elaborados com carinho, sobre saúde mental.
Afinal, se você não priorizar sua saúde mental, quem vai?
Da Equipe MNE para você.
Priorizar sua saúde mental não é egoísmo.É autocuidado
*Artigo publicado também no Linkedin Mulheres no e-Commerce. Acesse o artigo em nossa página do In para conhecer as referências consultadas para a elaboração deste artigo.
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Sobre a autora
Stella Maris Souza é Owner e design criativa da Tessuti i Carta – Papelaria Artesanal e Organização para Home Office. Stella ajuda as pessoas a organizar o espaço de trabalho, por meio de produtos de papelaria e organização, feitos a mão, forrados em tecidos nobres e sustentáveis. Apaixonada pelas expressões artísticas e artesanais, acredita no empoderamento do ser humano por meio do conhecimento e da arte.
Stella faz parte da equipe do MNE e á a redatora do mês de Janeiro Branco, responsável por trazer informações a respeito da campanha e outros artigos que ainda serão lançados, que abordarão a saúde mental e o trabalho.
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