Informações para que você consiga analisar e escolher uma plataforma de pagamentos online para o seu negócio e assim ter um parceiro estratégico para seguir crescendo.

Vender talvez seja das ações humanas mais antigas. Seja no princípio, realizando escambo sem papel moeda até a transação financeira em si, mais recente da nossa história e presente até hoje. O processo trivial no mundo físico já faz parte do cotidiano tanto de quem compra quanto de quem vende, não há grande fricção e sim cada vez mais a tecnologia para remodelar o método dessa transação com sofisticação e com foco na experiência durante a jornada de compra

Nessa linha de inovação para realizar transações financeiras, você deve ter se deparado ou ouvido falar mais recentemente sobre códigos QR em lojas físicas, realizando o fluxo com a leitura do código via câmera de celular finalizando assim os pagamentos em carteiras digitais (wallet). Usando este método, as transações acontecem sem contato físico e consumindo crédito disponível na carteira ou usando cartões de crédito já cadastrados pelo comprador. Em 2019 e no começo de 2020, vimos a disseminação massiva deste modelo e, se não fosse a pandemia, possivelmente já estariam ainda mais difundidos por todo o país. Este processo, assim como as ‘maquininhas’, sofreram com a paralisação do mundo físico e passaram por uma reinvenção de seu uso, adaptando-se para que varejistas pudessem continuar vendendo de forma nova e segura. A grande sacada durante o período de distanciamento social foi a pulverização de doações em ‘lives’ realizadas por todo tipo de evento e, em destaque, músicos que levaram os códigos QR para as telas desta nova forma de consumir entretenimento e abriram portas para consumidores interagirem com as carteiras digitais, pela primeira vez de forma tão importante e presente. 

Já no mundo digital, as transações ocorrem com fluxos diferentes do mundo físico para assegurar que vendedores e compradores realizem-na em ambiente seguro. Durante a pandemia, os negócios exclusivamente em ambiente físico tiveram que migrar para o digital o que reforçou ainda mais as formas de pagamento online e sua evolução. 

Lembro de tantas empresas interessadas em e-commerce com as quais já tive contato ao longo destes mais de 10 anos em empresas de tecnologia que até se interessavam no tema porém ao avançar com o planejamento, acabavam postergando para depois. Coisas que em 10 anos foram tentativas frustradas de lojistas fazerem este movimento digital acontecer em seus negócios, agora, movidos pela crise, correram para o online em aproximadamente 4 semanas. Sim, 10 anos em 1 mês. É um comportamento que não deve mudar após a pandemia.

Vale também lembrar que a bancarização pré-pandemia ainda era distante do ideal e isso, um dos gargalos do desenvolvimento, trouxe o aumento da participação no faturamento de transações do varejo (pré-pandemia, a estimativa era de crescimento de 18% em 2020, segundo estudo da ABCOMM). Estudos apontavam que aproximadamente 40% da população brasileira não tinha acesso a contas bancárias e, agora com o auxílio emergencial, aproximadamente 23 milhões de pessoas foram inclusas no sistema bancário, possibilitando assim o aumento de transações online e a primeira compra digital desta população

Só no Mercado Livre: mais de 5 milhões de novos compradores na América Latina no período, realizando sua primeira compra online: 

Vender e comprar online é um comportamento que veio para ficar e deve-se considerar isso para aprimorar sua estratégia digital ou ingressar de vez. No gráfico do estudo apresentado pelo Ebit/Nielsen, o ticket médio e volume de pedidos já maior que anterior à crise:

Fonte: Ebit  27.05.2020

Atualização semanal – E-commerce_Impactos da COVID-19

Importante também, neste processo, é selecionar as formas de avaliar os seus fornecedores digitais. Não se desespere: não há mal nenhum em iniciar com poucas soluções integradas, mas recomendo uma boa seleção dos primeiros parceiros do seu negócio para que:

  • Estejam alinhados ao propósito e orçamento da sua empresa; 
  • Tenham capacidade e escalabilidade de aplicação de cada ferramenta contratada;
  • Priorizem o ‘encantamento do cliente’ durante a jornada de compra online e no fechamento do pedido

Dica: para isso acontecer com sucesso, seu parceiro precisa apresentar:

  • Solução simplificada: nada de longos formulários de dados para preencher;
  • Mínima fricção possível: não abrir telas diferentes, cadastros externos, senhas adicionais;
  • Segurança: não alterar ambiente da loja.

Um dos desafios mais significativos das vendas na internet é aceitar pagamentos com segurança e evitar transações fraudulentas. Ao vender digitalmente existe a exposição à fraude – onde o Brasil figura no topo dos rankings globais. Apesar das compras online acontecerem de forma instantânea, as transações financeiras exigem a combinação de múltiplas soluções para processar a transação. Por isso, para escolher a solução para o seu negócio, é necessário conhecer a indústria de pagamentos online e suas opções.

Importante saber:

Adquirentes – Empresas que fazem a comunicação entre os dados cadastrados pelo comprador, a bandeira do cartão e o banco. A missão é fazer as transações financeiras que envolvem cartão de crédito ou débito. 

Subadquirentes: Soluções únicas reunindo tudo em um contrato só para quem quer vender online. Disponibilizam essa soluçãna plataforma de pagamentos, ou seja, a comunicação entre todas as partes envolvidas na transação é feita com o suporte de ferramentas que ajudam a garantir a segurança do dinheiro em todas as partes do processo.

Em resumo:

  • Entenda o que é mais relevante em sua análise e combine com estratégias de precificação, liberdade para alteração de métodos e impacto de taxas em suas margens, tanto das adquirentes como subadquirentes. 
  • Verifique também se o meio de pagamento que você está considerando contempla soluções para vendas em canais diferentes e complementares, facilita ter um que possa atender todos os canais. 
  • Questione se você tem como usar a mesma plataforma em redes sociais, televendas e WhatsApp também. 

Elenquei aqui itens importantes para sua análise que poderão ajudar as seguidoras do Blog Mulheres no E-commerce a decidir o parceiro estratégico de sua loja online, na primeira coluna, a solução que eu conheço com os seus diferenciais: 

FuncionalidadeMercado PagoMeio de Pagamento 2Meio de Pagamento 3
Múltiplas bandeiras de cartão de crédito integradas (se sim, quais)SIM

Visa,
Mastercard,
Hipercard, American Express,
Diners,
Elo
Boleto à vista já integradoSIM
Parcelamento em até 12xSIM
Parcelamento com juros ao compradorSIM
Recebimento antecipado no ato do pedido (D0)SIM
Opções para prazo de recebimento (D14, D30, no fluxo)D0D14D30No fluxo
Integração com as maiores plataformas de e-commerce do mercado+100 plataformas integradas
APIs abertas para integração com plataforma de desenvolvimento próprio SIM
Métodos complementares de pagamento (apresentar quais)– carnê online– saldo em conta – Mercado Pago– Cartão Virtual da Caixa– PEC (pagamento em lotéricas)
Carnê onlineSIM
Crédito facilitado  ao lojistaSIM
Antifraude integradoSIM
Antifraude próprioSIM
Análise de riscoSIM
Análise manual própriaSIM
Alta taxa de aprovaçãoEntre 75-89%

Espero que você aprimore a parceria com seu meio de pagamento para continuar fortalecendo o seu negócio digital. E para quem está iniciando a trajetória digital, torço para que este conteúdo tenha servido de guia para sua análise e definição deste parceiro tão relevante para a saúde financeira em seus primeiros passos online.

Se você quiser saber mais sobre o Mercado Pago, acesse este LINK e insira o cupom BLOGMNE para que o time saiba que você leu aqui e precisa de nosso suporte.

Abraços e bons negócios!

Por Tati Souza

Instagram: @tatiecommerce

LinkedIn: in/tatianesilva/

Há mais de 15 anos no mercado de vendas de tecnologia para o varejo, com passagens por empresas nacionais e multinacionais de hardware, software como Boucinhas & Campos, Whirlpool e Rakuten, construiu um olhar amplo como lojista e provedora de soluções. Pós-Graduada em Marketing pelo INPG e MBA em Gestão Estratégica de Serviços pela FGV, atua hoje como Head de Parcerias na maior Fintech da América Latina, o Mercado Pago, promovendo a relação entre provedores da indústria do e-commerce junto à solução de pagamentos.