Ontem fui à banca de jornal atrás da Revista Forbes, fazia muito tempo que não ia atrás de edições impressas e fiquei pensando o porquê, afinal eu estava atrás simplesmente pelo fato de uma mulher grávida ser a capa de um título importante e, claro, pela chamada “mulheres mais poderosas”. Depois (sem conseguir a edição) fiquei pensando porque mulheres em destaque no mercado ainda causam tanta comoção e tanto buzz?

Sem novidades

As mulheres ainda têm rendimentos 22% menores que os homens e, entre 10 diretores e gerentes, só quatro são mulheres e ganhando 29% a menos do que os homens, segundo uma pesquisa publicada pela Dieese. São dados quentinhos com base no ano de 2019.

Ainda com base nessa pesquisa, as mulheres ainda gastam 95% mais tempo em afazeres domésticos, enquanto os homens investem 10h54 semanais, as mulheres chegam a gastar 21h18.

Uma informação que achei absurda é que enquanto o rendimento médio de um homem com ensino superior é de R$ 6.292, o das mulheres com o mesmo grau de instrução é de R$ 3.876, 38% menor. Socorro!

Na contramão de tudo isso

Ainda em 2019, falamos que empresas que têm mulheres no comando dão mais lucro, segundo a Organização Internacional do Trabalho.

Se a gente der uma googlada vê a quantidade de matérias que demonstram que o nosso empoderamento só trás benefícios.

Tanto é a importância de nós, mulheres, no mercado que a plataforma SheWorks ganhou prêmio Equals in Tech 2019, que é um aplicativo estilo “tinder” para dar match entre mulheres e empresas. Coisa linda mesmo!

E no e-commerce?

O environment, ou só o ambiente, do e-commerce é gigantesco e cheio de possibilidades. Entre plataformas, lojista, agências digitais e todos os serviços criados e gerados para suprir todas as necessidades do cliente linkados a UX, CX, BI, tendências e tudo mais, chegamos a um mercado gigantesco. E, claro, que ainda muito masculino.

Este é ainda um mercado com muitas posições informais ou que sofre com a pejotização, além de vagas com exigências estratosféricas e salários desproporcionais (óbvio que para menos). Mas mesmo diante de todos estes pontos negativos, ainda temos um mercado promissor e crescente. E então, como as mulheres estão posicionadas?

Através de pesquisas sabemos qual a proporção de grandes e-commerces para pequenos, ainda quantos e-consumidores o país têm ou qual a previsão de crescimento em números para o mercado no próximo ano.  Porém não sabemos nada sobre os profissionais deste mercado em especial, mesmo falando dos já 25 anos de E-commerce no Brasil, que a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) comemora em 2020.

Dessa forma, podemos dizer que o mercado está em desenvolvimento e precisamos comemorar as nossas 10.000 mulheres neste movimento lindo! E refletir sobre como queremos formá-lo!

Para ajudar com os dados, o Mulheres no E-commerce junto com a OPolen estão fazendo uma pesquisa para entendermos sobre o mercado!

Fica o convite para participar da pesquisa: http://bit.ly/pesquisamulheresquecausam

E o meu convite para escrever! Buscamos conteúdos inéditos feito por mulheres para publicamos no nosso blog. Vem com a gente, mande seu texto: mulheresnoecommerce@gmail.com.

Por Mieko Miyai 

Head do Online e Business Intelligence da Cavenaghi e atua com a gestão dos projetos digitais da empresa com foco em: Internet, UX voltada a Pessoas com Deficiência Física, B2B, Televendas, Estratégia Digital e Integração dos Canais de vendas através de OmniChannel. Atua há 10 anos em E-commerces de Nicho. 

+55 (11) 99121-1993 
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/michelli-mieko-miyai-b18a72a/