O assunto é lei, mas pode gerar muitos benefícios para a sua loja.

Falar de propósito é já proeminente quando o assunto é carreira, afinal hoje com a onda de coach e outros manuais de conduta ficam fácil o acesso a lista de interações de sucessos que devemos ter, mas fora todas as regras já estabelecidas, o principal é a Humanologia. Humanologia é essa palavra utilizada como jargão de um comercial de TV de posto de combustível, e que vou me apropriar para falar o que o e-commerce tem com a inclusão, o empoderamento e a acessibilidade.

A LBI é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146 – sancionada em 6 de julho de 2015), que é um grande passo para o direito das pessoas com deficiência. Afinal é uma lei que  veio para afirmar a autonomia e a capacidade desses cidadãos para exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas.

E, para nós, do online, é um ponto importante, afinal temos uma parte dessa lei que se dedica a acessibilidade pelos sites da Internet no Brasil: “É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.”.

A Acessibilidade Digital passa pela estrutura de como você apresenta seus conteúdos, imagens e organização de design e desenvolvimento de um site ou ainda interação da sua marca na internet: redes sociais, e-mail, seu site, etc. Como organizar sua descrição de imagens, as questões de formulários de “SAC” ou ainda os cabeçalhos do seu site já são pontos fáceis, mas fundamentais para estar mais perto de ter um site acessível.

Importante pensar que falar sobre acessibilidade digital não é fácil, pois ainda é um assunto pouco falado. No Brasil, pela última consulta em outubro de 2018, ao CPA, Comissão Permanente de Acessibilidade, da Prefeitura do Município de São Paulo, ainda não se tinha nenhum e-commerce brasileiro apto a ter a certificação nacional para site acessível.

O assunto é lei, ou seja, todos os sites serão obrigados a ser acessíveis, mas não é por isso. O seu site fica com a UX aprimorada, o SEO, por o seu site estar mais organizado, vai ser bem beneficiado e trazer NATURALMENTE – não é orgânico – um público que não tinha acesso e agora tem. Mas quem são essas pessoas aqui no Brasil? Segundo dados do último censo de 2010 que contemplou essa informação:

Ou seja, estamos falando de muita gente! Muita gente para estar sem acesso a sua marca, seu produto, etc.

E onde está o calcanhar de Aquiles? O assunto é de pouco conhecimento e, para quem trabalha em mercado de nicho já sabe que raridade é sinônimo de custo elevado. Então, o mais importante é tornar o assunto conhecido e com isso voltar ao propósito de tornar o e-commerce também um meio de levar acesso a todos.

Conhecer o assunto é sem dúvidas um começo para falar mais sobre a Humanologia da causa.

Dica: Para quem quiser saber mais, no site da nossa senadora Mara Gabriili, tem a possibilidade de se fazer o download da Cartilha da LBI, link, e aqui fica também o site com mais informações sobre o selo de acessibilidade, o CPA, link.

Mieko Miyai 


Gerente de BI e Head de E-commerce


Mãe da Cibelle, Gerente de BI e Head de E-commerce, Feminista. Acredita que paz é não se opor, mas é afim de um mundo melhor. Trabalha na Cavenaghi, que abriu um novo mundo para ela: inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência. A Cavenaghi é uma empresa de 51 anos de vida e 10 anos de e-commerce (implantado por ela) e nestes anos, é focada em atender pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida através de Solução de Tecnologia Assistiva, Adaptação e Transformação de Veículos Acessíveis.