Você tem coragem de andar de montanha russa? 

Você tem coragem de pular de paraquedas? 

Você tem coragem de fazer uma tatuagem?

Você tem coragem de sair do conforto da sua casa para morar sozinha(o) em outro país? 

Você tem coragem de pedir demissão numa empresa que está há mais de dez anos para seguir seu sonho e empreender, mesmo sabendo dos riscos de dar errado? 

E aí, você tem coragem de ter coragem?

Tenho certeza que você, assim como eu, perdeu um tempão pensando nas perguntas acima e mais do que isso, junto com todas as respostas positivas (“sim”) veio aquele friozinho na barriga perguntando “será que eu teria coragem mesmo”? E é assim que começo meu artigo desta semana. Vamos falar de coragem! 

Como podem 7 letrinhas juntas terem significados e sentimentos tão diferentes? Além disso, como essas perguntas e muitas outras, podem ter duas únicas respostas possíveis? “Sim ou não”? Afinal, ninguém pode ter “meia coragem”, certo? Como você pode ter meia coragem de pular de paraquedas? Ou pula ou não pula! Mas “vamos começar do começo”.

Coragem. Substantivo feminino. A definição formal do dicionário  significa: moral forte perante o perigo, os riscos; bravura, intrepidez. Firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil. Qualidade de quem tem grandeza de alma, nobreza de caráter, hombridade. Determinação no desempenho de uma atividade necessária, perseverança, zelo, tenacidade.

Sem perceber, somos movidos por pequenas doses de coragem diariamente, a começar por sair debaixo das cobertas num dia muito frio. Sem ela o que nos resta é o medo. Porém não é ruim sentir medo. Afinal ele nos afasta do perigo e nos protege. O medo aparece quando tentamos evitar algum sentimento ou sensação que foram resultados de uma experiência ou algo que nos fez mal, como por exemplo, colocar a mão no fogo (no sentido literal do termo). Sabemos que uma vez nos queimou e que doeu, logo não queremos repetir a experiência e temos receio disso acontecer novamente toda vez que estamos mexendo com fogo. 

Além do medo que nos protege, costumo dizer também que existe aquela sensação que eu denomino de “medo ansioso”, quando tentamos adivinhar antes de uma ação acontecer se vamos ou não ter medo e é justamente com esse medo que temos que tomar mais cuidado. Ele pode nos paralisar e nos deixar sem coragem. Esse é o medo que alimenta as nossas desculpas para não fazermos algo e que nos enfraquece. As vezes deixamos de viver uma nova sensação de sucesso ou felicidade pelo “medo ansioso” de dar errado sem nem ter tentado.

Nossa rede de relacionamentos – seja a nossa família, nossos amigos ou colegas de trabalho – influenciam diretamente nas nossas escolhas que envolvem ter ou não coragem. Quando identificamos pessoas próximas que enfrentaram situações parecidas com a que vamos enfrentar e foram bem-sucedidas, inconscientemente passamos a acreditar que o nosso resultado será parecido e aumentamos a nossa dose de coragem para tomar tal decisão.

A receita de sucesso parece fácil não é mesmo? Nem sempre. A quantidade de fatores que nos influenciam, sejam eles influências externas ou internas (conflitos dentro de nós mesmos), nos faz ir e vir inúmeras vezes até fazermos uma escolha. 

Mais importante do que falar que tem coragem é realmente ter coragem. Positivismo é importante, mas sem ação ele fica vago. Ter coragem é criar um novo hábito, além de aprender a planejar e priorizar. Ser corajoso não é sair por aí fazendo o que tiver vontade. É saber dosar o que vai perder, para depois ganhar. Ninguém pode ter só “coragem” de empreender sem ter um planejamento por trás. Sim, talvez as coisas primeiro deem errado para depois dar certo

Comece pelos pequenos atos de coragem para depois partir para os grandes. Comece tendo coragem de organizar o guarda-roupa que espera por isso há anos e você está sempre adiando, porque leva tempo, vai ter que se desapegar de um monte de coisas e é “chato”. Comece tendo coragem de resgatar aqueles velhos gostos como de voltar a escrever por exemplo. Tenha coragem de dizer não para aquela amiga que sempre pede suas roupas emprestadas e nunca devolve. Tenha coragem de fazer qualquer coisa pela primeira vez. Tenha coragem de ter coragem.

Termino meu artigo de hoje, com um texto bem legal falando sobre coragem e medo do místico oriental Osho:

“A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa “coração”. Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada”.

E nunca se esqueçam de tomar pequenas doses de coragem junto com o seu café da manhã diariamente, tenho certeza que seu dia será incrível!

Por Aline Toledo Costa

Experiência profissional de 13 anos no setor financeiro com foco em meios de pagamentos

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